domingo, 27 de setembro de 2009

Ataque ao Irã?

domingo, 27 de setembro de 2009 - by Unknown 0

Com a revelação de mais uma instalação nuclear, Israel e os EUA se preparam para um ataque contra o Irã que poderá acontecer caso o país não volte atrás na ambição atômica.

Mahmoud-Ahmadinejad

A hora da verdade está chegando para o Irã. Em algum momento entre o fim deste ano até o meio do ano que vem. É o que afirmam especialistas americanos e israelenses depois que o país dos ayatolás foi acusado de possuir uma instalação nuclear secreta perto da cidade de Qom, ao norte de Teerã. O Irã deverá ser atacado? Se isso acontecer, certamente será uma operação israelense. É pouco provável que o presidente Barack Obama seja o primeiro a enviar caças americanos para Natanz, onde fica a instalação nuclear “oficial” do Irã.

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Nos últimos meses, militares e civis vêm trabalhando com apenas com uma possibilidade: de que a força aérea israelense é capaz de executar a missão. Até porque desde a entrada do chefe maior das forças de Israel, general Gabib Ashkenazi, a mentalidade e a habilidade do exército mudou, e pra melhor. As operações são mais elaboradas. De fato existe um comandante, que deixou claro esta semana que o objetivo não é liquidar o Irã, mas “baixar a bola”. Se o ataque acontecer e atrasar o programa nuclear iraniano, então o general estará satisfeito e o governo israelense também, que considera a questão iraniana muito mais séria e imediata do que a longa disputa por terras com os palestinos e o mundo árabe.

Em 1981, quando lançou uma ofensiva parecida contra a usina nuclear de Sadam Hussein, Israel não esperava que a ação desencadeasse o fim do programa nuclear iraquiano. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e o ministro da defesa, Ehud Barack, pensam da mesma forma sobre a questão iraniana. Pelo menos é o que parece quando falam da questão em público ou em encontros mais discretos.

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Para que um ataque israelense aconteça, o país sabe que depende do sinal verde de Obama, afinal para que os aviões cheguem ao Irã vão depender da autorização para cruzar os céus do Iraque. O corredor é um só, e até que as tropas americanas deixem o Iraque em 2011, quem comanda as fronteiras do País são os Estados Unidos. Não menos importante é a coordenação estratégica para o dia seguinte: como os EUA reagiriam a um ataque prolongado de Israel às instalações nucleares e a chuva de mísseis que devem cair sobre todo estado judeu, numa resposta iraniana?

Este foi o assunto principal nos bastidores da assembléia geral da ONU em Nova York. Todos os líderes opinaram, sabem como começar um ataque mas temem uma represália inesperada do Irã. E apesar do objetivo comum, o presidente Obama e o premiê israelense estão cada vez mais distantes politicamente. Não existe química nenhuma entre os dois.

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A reação iraniana sobre Israel não viria apenas de lá, mas de outros fronts: o Hezbollah na fronteira norte e o Hamas no sul. Mas três anos depois da Segunda Guerra com o Líbano e de um longo processo de recuperação após o fracasso contra o grupo extremista, as forças israelenses se dizem mais preparadas para lutar contra o Hezbollah.

A questão chave seria o comportamento da Síria. Israel tem interesse que Damasco não seja apenas um espectador do confronto. E se o ataque ao Irã for um sucesso, é dessa forma que os sírios deverão responder: com o silêncio. Os iranianos são pacientes, sabem esperar. A memória da guerra por quase dez anos com o Iraque, que matou mais de meio milhão de iranianos deverá vir à tona, sangue e petróleo são mistura conhecida na terra dos ayatolás. Se não atacarem de imediato vão fazê-lo mais tarde.

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No próximo dia 1 de outubro o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad deverá se encontrar com os países que fazem parte do conselho de segurança da ONU, mas se o diálogo falhar ou nem mesmo começar, sanções mais severas deverão ser implementadas, como a interrupção do comércio do petróleo iraniano com o mundo inteiro. Mas o efeito real de ações como estas contra Teerã, que está prestes a se tornar independente na produção nuclear, seja para o uso militar ou civil, é bem provável que não só os israelenses tenham de ir à guerra.

E você, leitor, o que acha?

 

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